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UM CHOPE COM Anitta: um papo sobre funk, família e preconceito

Em entrevista ao Multishow, Anitta revê o início da carreira, canta Natiruts e apresenta versão acústica de 'Show das Poderosas'



 
Um Chope Com Anitta

Larissa nasceu com o desejo de ser famosa. A quem perguntasse, dizia, ainda criança, que queria ser artista: atriz, apresentadora e, quem sabe, cantora. Morava em Honório Gurgel, no subúrbio do Rio de Janeiro, e aos domingos cantava com o avô nas missas da igreja católica do bairro. Lá, a menina, fã de Mariah Carey, desenvolveu o “ouvido” e viu seu talento despertar.

Mais tarde, já adolescente, Larissa publicou na internet um vídeo em que cantava usando um vidro de perfume como microfone, de brincadeira. O vídeo se espalhou na rede e chegou ao DJ Batutinha, então produtor da Furacão 2000, a gravadora de funk mais conhecida do país. Ali, Larissa virava Anitta.

De estudante de administração a cantora de funk: foi preciso coragem para abdicar da oportunidade de ser contratada em uma grande mineradora para investir na ainda incerta carreira musical, mas a jovem, sempre muito confiante, levava fé em seu futuro nos palcos. “A primeira música que eu gravei [“Eu vou ficar”, de 2009] ficou muito legal, mas a história ficou grande mesmo quando eu fui pro palco”, conta, entre goles de um suco de melancia num bar no Recreio, zona oeste do Rio.

Há mais de um ano fora da Furacão, Anitta reviu esses primeiros anos de carreira em entrevista ao Multishow. No programa “Um Chope Com”, a cantora falou sobre a cara mais pop que seu trabalho assumiu desde que assinou com a Warner Music, no início deste ano, e a explosão em todo o Brasil com o clipe de “Show das Poderosas”.  No primeiro bloco, Anitta comenta sua relação com a família e canta uma versão de “Pedras Escondidas”, do Natiruts, sua “banda favorita no mundo todo”.

 


A segunda parte do “Um Chope Com Anitta” traz uma conversa franca sobre funk e preconceito. “Teve uma época do funk com muito sexo, droga, arma. Hoje, os funkeiros se preocupam em fazer músicas que toquem nas boates e entrem na novela, no rádio. Mas o preconceito ainda existe”, diz. A valorização da mulher, questão presente em quase todas as suas músicas, também rendeu comentários: “A minha questão é que a mulher tem que se respeitar. Os valores hoje estão muito trocados. Eu tive uma educação careta e acho que a mulher não tem que querer ser igual ao homem em tudo, porque nem tudo que o homem faz é bonito”, opina.

No fim do segundo bloco, a cantora apresenta ainda uma versão acústica de “Show das Poderosas”, seu maior hit, e prova que é meiga, abusada e muito afinada. Assista: