Aos 13 anos, Max Lewis conheceu a fama instantânea após vídeo bombar com milhões de visualizações: 'Se amanhã não rolar mais, tudo bem'.
Aos 13 anos, ele já experimentou o sabor e, obviamente, o dissabor da fama repentina. Max Lewis, nascido Maximiliano, filho de mãe brasileira e pai inglês, ganhou o mundo virtual após colocar na internet um vídeo em que enaltece a beleza das cariocas. Foi zuado pela frágil extensão vocal e comparado a Justin Bieber - o que ele detesta. Mas como quase tudo o que cai na rede se torna uma onda gigantesca, em vez de nadar para longe, o garoto decidiu surfar em águas revoltas e se deu bem.
Max Lewis faz pose com a guitarra e não curteser comparado a Justin Bieber
"Carioca girls", o primeiro clipe de Max, livremente baseado na música "California girls", de Katy Perry, chegou a quase 3 milhões de visualizações e um sem número de paródias, desde junho, quando foi publicado. Nada mal para quem desejava apenas tirar uma nota boa na aula de música da escola. "A professora pediu que fizéssemos uma versão para qualquer música em inglês. Fiz uma rapidinho no celular. Meus pais viram e pensaram em fazer um vídeo para ficar mais bacana", explica Max.
Os pais, que têm um canal no YouTube, postaram a gravação e foram visitar a família em Londres. "Aí recebi uma ligação do 'Fantástico' e não entendi nada. Disseram que gostariam de falar com o Max e que o vídeo estava bombando. Quando fui ver já haviam centenas de visualizações", conta a jornalista Márcia Romão, mãe de Lewis.
Ao retornar ao Brasil e, claro, à escola, Max deixa escapar que passou pelo bullying típico da adolescência. "Mas eu não ligo, não. Tem mais gente querendo me conhecer e tirar fotos do que me zuar", acredita ele, que no rastro do primeiro hit aprimorou a produção e gravou "Um dia de sol" e "Vem me amar", com a participação de Carla Prata, ex-assistente do "Domingão do Faustão" e modelo. "Era para ser a Nicole Bahls, mas a agenda dela não permitiu", conta ele, que enumera os atributos que uma carioca tem que ter para ser a mulher mais bonita do mundo: "Morena, cabelos pretos, ser assim tipo cheia de curvas como a Mulher Melancia".
Max Lewis pretende gravar um quarto clipe, desta vez com uma canção original dedicada à namorada Bia.
No peito do mocinho, no entanto, bate um coração por alguém bem menos voluptuosa que a funkeira. No momento, Max vive um relacionamento de idas e vindas com sua namorada Bia, que conheceu na escola. "Meu quatro clipe vai ser com uma música minha para ela. Não é versão, não", conta orgulhoso.
Max Lewis, o cantor de "Carioca girls"
Louco para ser vip
Não é apenas a direção musical que Max está mudando. Ele cortou os cabelos e já não dá mais uma mexidinha com a cabeça para arrumar a franja tal qual aquele cantor gringo que ele não curte. Mas a piscadinha e os óculos estilo aviador continuam como marcas registradas. Lewis abandonou também o skate com a gravura dos Angry Birds porque na escola pegaram direto em seu pé: "Foi meio chato, mas já passou"
O dia a dia de celebridade instantânea é como a de muitos meninos de sua idade. Escola cedo, café da manhã corrido, aulas até às 15h, muay thay algumas vezes por semana, cinema e festinhas no fim de semana.
O futuro como músico aos internautas pertence. Max não faz muitos planos e nem sabe se vai continuar na carreira. "Por enquanto está legal. Se amanhã não rolar mais, tudo bem. Faço outra coisa", resigna-se.Programas de TV ele já faz, mas shows não encarou ainda. Max, porém, não vê a hora de estar na lista vip de algumas festas e shows. "Não fui ao Rock in Rio porque meu pai é muito pão duro!", dispara, sem cerimônia: "Sabe o que queria? Uma pulseirinha vip. Nem que fosse no show do Bieber".
O sucesso de Max Lewis começou por acaso: por conta de um trabalho da escola