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Bárbara Paz estreia peça com pitadas de sadomasoquismo

Pierre Baitelli e Bárbara Paz em cena de “Vênus em visom” 
Quem for assistir à peça “Vênus em visom”, que estreia hoje no Teatro Leblon, vai encontrar uma Bárbara Paz bem diferente da Edith de “Amor à vida”. A intérprete da mulher de Félix (Mateus Solano) aparece ruiva e despudorada em um jogo de sedução com pitadas de sadomasoquismo.
— Ela é uma atriz que vai fazer teste para uma peça e joga o tempo inteiro com o diretor. Há um tom de duelo entre eles, que mistura sedução, humilhação e poder — conta Bárbara, que divide a cena com Pierre Baitelli, que também está na trama das nove como o médico Laerte.
Pierre Baitelli e Bárbara Paz em cena de “Vênus em visom”
Pierre Baitelli e Bárbara Paz em cena de “Vênus em visom”
O texto do americano David Ives despertou o interesse de uma forma curiosa na atriz.
— Meus amigos que assistiram ao espetáculo em Nova York voltavam dizendo que a personagem tinha tudo a ver comigo. Então, fui atrás para saber quem estava com os direitos da peça e descobri que Cinthya Graber estava produzindo, mas ainda não tinha atriz nem diretor. Acabei entregando um prato cheio para ela — brinca Bárbara, referindo-se ao marido, o diretor do espetáculo, Hector Babenco.
Pierre Baitelli e Bárbara Paz em cena de “Vênus em visom”
Pierre Baitelli e Bárbara Paz em cena de “Vênus em visom” 
Trabalhando pela segunda vez sob a batuta dele — a primeira foi na peça “Hell”. Em 2010 — a atriz afirma que estão bem mais entrosados.
— Agora a gente se conhece muito no trabalho, ele sabe como é o meu processo de criação. É um trabalho de parceria — afirma ela, que fica ruiva, graças ao cabelo falso e a uma tintura lavável, que remove todas as noites.

Pierre Baitelli e Bárbara Paz em cena de “Vênus em visom”
Pierre Baitelli e Bárbara Paz em cena de “Vênus em visom” Foto:  o humor.
— O que deixa as coisas leves também. Isso é bom, porque se faço drama na novela, posso mesclar com um pouco de humor no teatro — diz Bárbara, que não tem problemas em unir a TV com o palco: — Só me acrescenta, me deixa em constante processo de criação. O trabalho não me cansa. O que me cansa é o ócio.